quarta-feira, 3 de junho de 2009

TABAGISMO

O tabagismo é o ato de consumir produtos que contenham tabaco, como cigarro, charuto, rapé e fumo de rolo. A nicotina, principio ativo do tabaco, é um droga psicoativa que causa a depêndencia. É a principal causa de óbito no mundo, provocando a morte de até 50% de seus usuários.

As substâncias contidas no cigarro provocam cerca de 50 doenças diferentes, como infarto, câncer, doenças respiratórias, enfisema pulmonar, etc. Porém, o muitos não sabem é que elas também são causadoras de perda de cabelo, catarata, hipertensão arterial, rugas , úceras gátricas, derrame cerebral, trombose vascular, aborto, impotência sexual no homem.Vale lembrar que a absorção da fumaça por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes proporciona um risco maior de desenvolver doenças relacionadas, sendo as crianças as mais afetadas. Ao parar de fumar, o risco de desenvolvimento dessas doenças diminui gradativamente.

O Ministério da Saúde disponibiliza serviços de apoio para quem quer parar de fumar o Disque Saúde (08006119970), bem como outras dicas, artigos, dados e informações relacionadas ao assunto. Cabe aos fumantes até que ponto vale a pena o rico e as consequências deste mal, que podem levar à morte.

HANSENÍASE



HANSENÍASE

Hanseníase é uma doença de pele e dos nervos. Ela é transmitida pela respiração, no contato com uma pessoa que tem hanseníase e não se trata. Quanto mais cedo o dia gnóstico, mais rápido a hanseníase desaparece.
Embora se trate de uma das doença mais antigas da História, estando presente mesmo em relatos bíblicos, a Hanseníase permanece como uma ameaça á saúde pública em pleno século XXI. Somente na capital paulista, há registro ativo de 489 casos, dos quais 60% nas formas inicial (I) e tuberculóide (T).
A hanseníase é causada pelo Mycobactérium leprae, também conhecido pelo bacilo de Hansen, um parasita intracelular obrigatório que apresenta afinidade por células cutâneas (pele) e por células dos nervos periféricos.
Trata-se de uma doença contagiosa infecciosa e crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa.
O alto poder incapacitante está diretamente relacionado à capacidade do bacilo penetrar a célula nervosa e também ao seu poder imunogênico.
A Hanseníase é uma das mais antigas doenças que acomete o homem. As referências mais remotas datam de 6oo a.C e procede da Ásia, que juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença. A melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento científico modificaram significativamente a situação da Hanseníase.
A doença pode ser perfeitamente curada desde que o diagnóstico se dê em sua fase inicial, o que em si exige muita atenção, principalmente por parte do paciente. O sintoma visível é uma mancha, sem cor e com contorno avermelhado, que se torna invisível. Em sua fase mais aguda, a doença acarreta deformidades nos membros inferiores e superiores, como a chamada mão em garra, atrofias, queda nasal, além de lesões nos olhos, mãos e pés.
A transmissão se dá por meio de uma pessoa que apresenta a forma infectante da doença e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. Sabe-se atualmente que em torno de 90% da população mundial apresenta organismos com resistência ao bacilo. Além dos fatores imunológicos, a contaminação está atrelada à má alimentação, condições precárias de higiene e à própria estrutura física do indivíduo.
O Brasil é o segundo país do Mundo em maior incidência de casos da doença.


Fique de olho! Alguns sinais podem identificar a Hanseníase: manchas na pele que não doem, não coçam e nem pegam pó, dormência no local da mancha ou formigamento, corta-se ou queima-se sem sentir.

BULLYING NAS ESCOLAS


O termo Bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(os), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as caracteristicas essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de Bullying possíveis, essas podem ser algumas das ações que estão presentes: colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, sacanear, humilhar, fazer sofrer, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, empurrar, ferir, roubar, quebrar pertences. O Bullyng é um problema mundial, não está só concentrado nas escolas, públicas, municipais e privadas e nem no EFI, EFII e EM. Bullying significa: humilhar, intimidar, ofender, agredir. O que para muitos era "normal", coisa de criança e de adolescente é, na verdade, bullying - palavra em inglês que é usada com o sentido de zoar, gozar, tiranizar, ameaçar, intimidar, humilhar, isolar, perseguir, ignorar, ofender, bater, ferir, discriminar e colocar apelidos maldosos. A gravidade é que esse padrão de comportamento está longe de ser inocente. Trata-se, na verdade, de um distúrbio que se caracteriza por agressões físicas e morais repetitivas, levando a vítima ao isolamento, à queda do rendimento escolar, a alterações emocionais e à depressão. Nenhuma escola pode ignorar tal ocorrência, comumente perceptível em seus domínios. Cabe à escola coibir atitudes agressivas, protegendo tanto os agressores quanto os agredidos. De fato, ambos, agressores e agredidos, apresentam problemas psicológicos que, caso não tratado, podem explodir desastrosamente. O assédio moral e físico é intenso, deixando a vítima constrangida e assustada. A educação do jovem no século XXI tem se tornado algo muito difícil, devido à ausência de modelos e de referenciais educacionais. Os pais de ontem, mostram-se perdidos na educação das crianças de hoje. Estão cada vez mais ocupados com o trabalho e pouco tempo dispõem para dedicarem-se à educação dos filhos. Esta, por sua vez, é delegada a outros, ou em caso de famílias de menor poder aquisitivo, os filhos são entregues à própria sorte. Os pais não conseguem educar seus filhos emocionalmente e, tampouco, sentem-se habilitados a resolverem conflitos por meio do diálogo e da negociação de regras. Optam muitas vezes pela arbitrariedade do não ou pela permissividade do sim, não oferecendo nenhum referencial de convivência pautado no diálogo, na compreensão, na tolerância, no limite e no afeto. A escola também tem se mostrado inabilitada a trabalhar com a afetividade. Os alunos mostram-se agressivos, reproduzindo muitas vezes a educação doméstica, seja por meio dos maus-tratos, do conformismo, da exclusão ou da falta de limites revelados em suas relações interpessoais. Os professores não conseguem detectar os problemas, e muitas vezes, também demonstram desgaste emocional com o resultado das várias situações próprias do seu dia sobrecarregado de trabalhos e dos conflitos em seu ambiente profissional. Muitas vezes, devido a isso, alguns professores contribuem com o agravamento do quadro, rotulando com apelidos pejorativos ou reagindo de forma agressiva ao comportamento indisciplinado de alguns alunos. A idéia Mostrada por Fante (2002) como projeto de intervenção denominado "projeto educar para a paz" é o de que as escolas devem desenvolver no aluno o conhecimento e a reflexão sobre a existência do fenômeno bullying e suas conseqüências na própria realidade escolar, para que eles aprendam quais são as atitudes que favorecem o desenvolvimento do comportamento bullying e como evitá-lo, a fim de transformar a escola num ambiente pacífico que estimule o bom relacionamento socioeducadonal, pois somente este conhecimento pode despertar no aluno a consciência crítica e poder de transformar. O Programa Educar para a Pazé fundamentado em princípios de solidariedade, tolerância e respeito às diferenças. Estuda-se a possibilidade de sua implantação em várias escolas particulares de todo o Brasil. Assim como nos colégios da rede pública, nestas acontecem casos de violência contra os colegas, os professores e até o patrimônio escolar é dilapidado, sob um tipo de visão muito comum entre crianças e jovens de hoje: "posso destruir porque estou pagando". Para que se possa desenvolver estratégias de intervenção e prevenção ao bullying, é fundamental que a comunidade escolar esteja consciente da sua existência, e das conseqüências advindas deste tipo de comportamento. Sensibilizar todos os envolvidos na redução do comportamento bullying é imprescindível, já que o fenômeno é complexo e de difícil identificação, principalmente por manifestar-se de maneira sutil, implícita, e com a imposição do silêncio. A intervenção deve iniciar-se pela capacitação de profissionais da educação, para que saibam identificar e conhecer as estratégias e prevenções disponíveis atualmente. Fante (2005) cita seu programa "Educar para a Paz", que tem o objetivo de mostrar estratégias e atuar na intervenção e prevenção, adotando valores humanos. De acordo com a autora, primeiramente são necessários a conscientização e compromisso de toda a comunidade escolar, para que estes reflitam sobre as diversas formas de violência escolar. Sugere-se a eleição de uma comissão, do coordenador e tutor do programa. É necessário investigar a realidade escolar por meio de observação, anotações, divulgação de indicadores, exposição em jornadas sobre violência, para poder modificar a realidade escolar com estratégias de intervenção e prevenção, com medidas de supervisão e observação dos alunos solidários, serviço de denúncia, encontros semanais para avaliação e discussão sobre o andamento do trabalho, a execução de trabalhos que envolvam os assuntos vida escolar e vida familiar, entrevistas pessoais e em grupos com vítimas e agressores. São de fundamental importância as orientações sobre convivência familiar. Após um período destas atividades, é interessante que, além da investigação constante sobre a realidade escolar, que se apresente à evolução conquistada, para que o programa seja revisto e mantido. Cavalcante sugere, para inibir o bullying, o esclarecimento do que é este comportamento, avisar que a prática não é tolerada, conversar com os alunos, e escutar suas sugestões ou reclamações, estimular os estudantes a informar os casos, reconhecer e valorizar as atitudes no combate ao problema, identificar possíveis agressores e vítimas e acompanhar seu desenvolvimento, interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica de bullying, prestar atenção nos mais tímidos e calados, pois geralmente as vítimas se retraem, realizar dinâmicas entre os alunos, estimulando o bom relacionamento. O psicólogo deve transmitir à escola que é importante que ensinem os seus alunos a lidarem com suas emoções, dar espaço nas aulas, para a expressão do afeto, para que não se envolvam em comportamentos violentos, transformando-os em agentes disseminadores de uma cultura de paz que se estenda aos seus demais contextos de vida. Então, o verdadeiro combate à violência, se faz, de maneira eficaz, ao atacá-la na causa, com uma verdadeira educação, que ensine ao estudando a aprender erradicar de dentro de si mesmo os agentes causadores da violência; e liberar a essência construtora das virtudes, causas do bem, agentes da paz e antítese da violência; condição essencial para se achar os parâmetros éticos perdidos; e estabelecer os parâmetros éticos, os valores morais e espirituais entre os seres humanos. Sabe-se que mudanças não ocorrerão num curto espaço de tempo, mas podemos colaborar para a formação de uma nova mentalidade, promotora da paz. Para combatermos a violência no efeito, de modo preventivo, de acordo com Fante (2005), é preciso agir com um projeto planejado e bem estruturado por todos os integrantes do âmbito escolar, proporcionando: 1 Reflexão: Fazendo uma profunda reflexão em todo o mundo acerca da violência múltipla, na família, na escola, no trânsito, nos esportes, na ecologia, etc. O psicólogo deve estimular a mudança de olhar, ele deve quebrar as barreiras e os paradigmas existentes e possibilitar uma mudança de comportamento e de atitudes eficaz.A mudança de olhar possibilita a transformação da realidade. 2 Dia D: Instituir um dia de cada ano, para passar os nossos feitos negativos a limpo, refletir sobre os nossos defeitos, nossos erros, que quase sempre engendram violências; arrependermos de possuí-los e tomarmos atitudes sérias para emendarmos deles, combatê-los e erradicá-los, para o bem de nosso semelhante e da empatia da massa social. 3 Propostas de conscientização nos currículos escolares: Incluir nos currículos escolares e programas de ensino, proposta de conscientização acerca da origem e conseqüência da violência entre os seres humanos; estabelecendo atividades educativas, profiláticas, etc., para enfrentamento e erradicação desta. Conscientizar o estudante a identificar através da observação, a presença da violência no cotidiano, na família, no trabalho, no trânsito, nos esportes, na escola, em todas as camadas sociais, na ecologia, em pessoas escolarizadas da mais alta formação intelectual, etc. Identificando preliminarmente, através da observação da violência existente em si mesmas, devido à presença do ego em cada um de nós. Levar o estudante a se conscientizar de que a violência é altamente disseminada pelos meios de comunicação de massa; de que é institucionalizada pelo sistema político, pelo sistema econômico dominante, etc; que, em conseqüência disto, a vida se toma mais difícil e complicada para todos nós; e de que a vida, enquanto valor divino, supremo, se toma cada vez mais desrespeitada e banalizada. Ajudar o estudante a se conscientizar de que os laços de amizades genuínas, de cooperação, de solidariedade, o espírito comunitário e o exercício de cidadania plena, estão desaparecendo do nicho ecológico do ente humano, por causa da hipertrofiação do ego, da violência generalizada e da banalização da vida. Conscientizar o estudante acerca da perda dos parâmetros éticos, morais e espirituais entre os entes sociais componentes da massa humana; e ajudar o aluno a desenvolver atitudes positivas no sentido de reconquistar tais valores, que foram perdidos. E, repreensivamente é a maneira com que se combateu a violência até hoje. O Sistema possui todo um aparato, revestido adequadamente, com a ideologia dominante, para a execução desta função. 4 Ações integradas entre os profissionais: Desenvolver ações integradas, envolvendo a família, a escola com todos os seus integrantes, todos os segmentos sociais, as instituições sociais, etc., no sentido de encaminhar soluções de combate a todo tipo de violência. 5 Conscientização para todos através dos veículos de comunicação: Conscientizar a todos, através das escolas e dos veículos de comunicação, acerca de que a violência é algo que diz respeito a todos nós; porquanto são fruto e desmembramento das condições sociais, econômicas e da perversa política econômica do injusto regime capitalista, vigentes em nossos pais e no mundo. Esta é uma proposta pronta idealizada por Cleo Fante. Mas na realidade não existe uma fórmula pronta para o combate ao bullying, ou a qualquer outra forma de violência. Deste modo o psicólogo escolar só conseguirá intervir neste contexto do bullying no âmbito escolar se ele tiver dois princípios fundamentais para sua prática educativa: Capacidade de Empatia e Eros Terapêutico. Ele deve estar envolvido na luta pelo combate ao bullying com toda a sua dedicação e amor ao trabalho e principalmente o amor e o prazer em querer ajudar o outro. De nada adiantaria as teorias ou os projetos contra o bullying se nada for posto em prática. Outro fator imprescindível em um projeto de intervenção é a questão da humanização. Reconhecendo a necessidade da humanização estamos confirmando nossa desumanização, que é uma realidade que vem desde o holocausto nazista e a escravidão. Humanizar é tornar o homem capaz de ser mais, como disse Freire (2005). Temos a necessidade de nos humanizar, pois temos consciência que somos incompletos. Risco que o animal não corre, por não ter consciência de sua incompleticidade, de um lado, por não poder animalizar o mundo, de outro, por não poder desanimalizar o outro. Para uma educação verdadeira humanista, devemos desvendar os mitos com os quais se pretende manter o homem desumanizado, esforçando-se para desocultar essa realidade. Desocultação que permitirá ao homem externar sua real vocação: a de transformar a realidade. E para poder transformar a realidade, deve-se conhecê-la muito bem, criticá-la, resenhá-la. O modelo humanizado de aprendizagem propõe a superação de todo e qualquer reducionismo do tipo "estímulo-resposta", podendo ser expresso pelo seguinte paradigma: Estimulação - Elaboração – Expressão. Humanizar é ver o outro de maneira holística, integrada. O processo da educação terá unidade quando toda a atividade cognitiva se projetar na vida, de tal modo que "aprender a pensar" vem a ser a base do "aprender a viver". Tal integração de todos os elementos educativos exige, por sua vez, a integração de todos os objetivos da educação. A esta idéia corresponde um sistema tridimensional de objetivos que contempla todas as manifestações da vida humana, abrangendo o campo dos conhecimentos, como também o campo das aptidões e dos valores, todos integrados na unidade do processo educativo. Assim, qualquer atividade pedagógica, para que alcance sua integridade, deve proporcionar algum conhecimento, desenvolver alguma aptidão e proporcionar algum valor. Diante desta realidade vemos que somente o psicólogo que realmente for comprometido com seus valores e princípios humanistas e tiver sua criança interior viva, conseguirão êxito na sua tarefa. Antes da conscientização de qualquer pessoa, ele próprio deve estar consciente de seu dever ante esse problema e da sua habilidade e competência para solucioná-lo. Ele deve proporcionar a conquista da liberdade humana, ou seja, propiciar uma libertação de todos os medos interiores que atormentam e impelem o indivíduo a afetar os outros de maneira negativa. Só assim as pessoas deixariam de violentar umas as outras e passariam a se vincular mais, a se afetar mais com sentimentos positivos e saudáveis. Talvez, dessa forma, poderíamos dizer que estaria extinto qualquer tipo de violência. Para tanto, o psicólogo deve estar inteiramente comprometido com sua prática terapêutica e pedagógica, e, concomitantemente possuir: criatividade para elaborar os projetos; flexibilidade para ouvir as duas faces da moeda; sensibilidade para deixar nascer o desejo pela mudança; ousadia para querer modificar; altruísmo para mobilizar esse desejo nos outros; idealismo para nunca deixar de sonhar; amizade para conquistar a confiança de todos; amor para alimentá-lo nessa lida e, coragem para enfrentar os desafios e conquistar a vitória.